O nosso amor-próprio é a base da maior ou menor estima que temos por nós mesmos, que se baseia por sua vez, na auto-imagem e consciência que temos de nós próprios. A perceção que temos dos nossos recursos internos e a forma como os colocamos em prática, se a nosso favor (saudável) ou contra nós (patológico), vai influenciar a forma como percepcionamos os acontecimentos da nossa vida. A baixa auto estima é uma característica comum às pessoas que se sentem desconfortáveis consigo mesmas, desconforto que se reflete na relação que estabelecemos com os outros e com a vida em geral. Revela a presença de comportamentos mais imaturos em resultado da existência de uma menor maturidade emocional, a existência de crenças fortemente enraizadas e demasiadas regras internas que nos inibem e condicionam o acesso a outras áreas da nossa vida.
Inibição interior que nos paralisa e nos impede de confiar nos nossas próprios recursos e de promover as nossas capacidades
As pessoas com baixa auto estima são caraterizadas como preguiçosas, descrentes e pessimista, em resultado da inibição interior sentida, reflexo da necessidade em culpabilizar o exterior pelo menor sucesso obtido. A inibição vivida, sentida, impede-as de confiar nos próprios recursos para lidar com os acontecimentos do dia-a-dia e em promover as suas capacidades, resultado do bloqueio interior sentido.
Naturalmente, todos nós apresentamos comportamentos com os quais nos identificamos mais e outros que nos são profundamente desagradáveis, insuportáveis até, que condicionam as nossas relações e que são causadores de enorme desconforto e sofrimento.
Compreendendo o que está na base da baixa auto estima sentida, podemos criar uma nova realidade interna e externa.
Os fracassos vividos e experienciados levam-nos a acreditar que não temos capacidade ou “poder” para conseguir lidar com determinadas situações no nosso dia-a-dia. Contudo, é possível de forma diferente, construtiva, mudando o foco, as ideias preconcebidas, alterando as regras pelas quais nos regemos, agindo em conformidade com o que sentimos, mudando o nosso ponto de vista e a perceção dos acontecimentos, dar lugar a novos significados em resultado da nova elaboração, da nova narrativa, que por sua vez, promove a reestruturação interna e a construção de uma nova realidade externa. Quando ocorrem pequenas mudanças que são sentidas como positivas, a interpretação dos resultados passa a ser diferente, mais adequados e satisfatórios, ou seja, mais saudáveis.
Por vezes, a dificuldade que sentimos em aceitar que podemos e devemos adotar uma postura ativa que promova a mudança interior tão desejada e ambicionada, revela a existência de resistências que condicionam o sentimento de valor pessoal. Essa inibição dá origem a medos, sabotadores da promoção das nossas capacidades e potencialidades em resultado das dificuldades que sentimos em abordar assuntos mais sensíveis e delicados, bem como, em nos sentirmos responsáveis pelo menor sucesso obtido em resultado do menor esforço dispendido ou da “não ação”. Apenas assumindo um papel proativo, responsável e de compromisso com a mudança interior a que nos propomos é que podemos alterar a nossa realidade exterior.
Características mais comuns em pessoas com uma baixa auto estima: